Palavras Libertas

“Escrevo o que sinto,
Mas nem tudo que sinto; escrevo.”
–  Ludyanne Carvalho. 

Hoje vim apresentar a vocês uma Poetisa que admiro e já conheço há um tempo. Antes do Blog, eu e a Ecuipe (minhas amigas) mantínhamos uma página de poesia. Postávamos novos poemas quase todo dia; geralmente os escrevíamos na escola, durante os intervalos ou simplesmente quando tínhamos tempo livre. A página durou pouco mais de 6 meses e nesse período tivemos oportunidade de conhecer outros escritores, poetas e poetisas incríveis, mas que infelizmente não eram tão conhecidos. O que é um problema comum, em se tratando de Literatura Nacional. 😦

A poetisa em questão é a Ludyanne Carvalho e ela escreve sobre tudo um pouco, dando ênfase aos sentimentos verdadeiros e reais. Sabe aquela coisa de se identificar completamente ao ler um texto?! Então, é o que acontece quando leio um texto dela!

Confere algumas poesias da Lu:

Despir-se

Escrever um poema é se despir…
Despir-se do medo, da vaidade,
Das aparências, da autocrítica,
Da verdade imposta pela sociedade.
É externalizar o caos, o grito, a dor,
A loucura, a incerteza, a paixão.
A fragilidade, a cicatriz, o amor,
As palavras ocultas no olhar.
Escrever um poema é despir a alma…
Permitir que o outro veja estas linhas,
É permitir que conheça o seu íntimo
E que te encontre nas entrelinhas.
É despir-se de todo e qualquer barulho,
Externalizar um silêncio profundo.
É enxergar o Eu verdadeiro no espelho…
Sem ter vergonha por estar despida. 

Teu abraço

Em teu abraço
Me encaixei,
Me encontrei.
Foi como percorrer o mundo
A procura do meu lar,
Onde o meu coração
Pudesse se aquietar.
Foi quando teus braços me envolveu;
Ficamos ali, somente a respirar,
Abraçados, encaixados…
Éramos o sinônimo de Amar.
Sem teu abraço
Eu acordei.
Sonhei.

Junto com o vento

Meu pensamento
Foi para bem longe,
Junto com o vento.
Não corro atrás,
Deixo ir…
Para mim tanto faz.
Meu sentimento
Foi-se embora,
Junto com o vento.
Não vou atrás,
Deixo ir…
E não sofro mais.

Vislumbre

Eu a vi…
Cachinhos dourados,
Olhos cor de mel,
Sorriso encantado.
Eu a vi…
Bem pequena,
Cheia de sonhos,
Tão serena.
Eu a vi…
Jogando beijos no ar,
Toda carinhosa
Amava sem hesitar.
Eu a vi…
Já criança,
Tinha tantos medos
Mas tinha esperança.
Eu a vi…
Sempre correndo,
Não parava de sonhar
Nem por um momento.
Eu a vi…
Brincando na cama da avó
Cheia de papéis,
Brincava sozinha sem estar só.
Eu a vi…
Aquela garota feliz
Imaginava várias profissões,
Mas queria ser atriz.
Eu a vi…
Queria de novo ser como ela,
Cheia de sonhos, cheia de vida,
Admirava-se com palavras belas.
Eu a vi…
Por um momento,
Um reflexo, um vislumbre,
Que me encheu de contentamento.

O importante é ir…

O importante é ir…
Mas pra onde, exatamente?
Para o meio do nada
Em busca de estrela cadente.
Ou em um jardim
Para colher belas flores,
E minha vida
Encher com infinitas cores.
O importante é ir…
Mas pra onde, exatamente?
Ir pra qualquer lugar,
Ir sem rumo, ir somente.
Sem bagagem,
Sem procurar alguma estação.
O importante é ir…
E levar apenas o coração.

Escrever é

Escrever é
Tirar o peso das costas,
O aperto do peito,
Deixar as lágrimas rolarem…
Escrever é esvaziar-se!
Escrever é
Sentir uma paz,
Um alívio na alma,
Deixar os sorrisos brotarem…
Escrever é encantar-se!
Escrever é
Se perder no caos,
Procurar a si mesmo no infinito,
Deixar as palavras dançarem…
Escrever é encontrar-se!

Todos encantadores, não?! ❤

Ah, na página dela ainda há um espaço exclusivo para você mandar seus textos! Não perca tempo e veja suas palavras libertando-se por aí; dissemine poesia! 😉

 

Para conhecer melhor o trabalho da Ludyanne Carvalho basta segui-la!
Não esqueça de curtir a página dela: Palavras Libertas
Email para contato: ludy.anney@gmail.com

 

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