Há um demônio dentro de mim

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Há um demônio dentro de mim…
Ele ressurge todos os dias
Como se nascesse das cinzas
E se exibe publicamente; sem pudor
Receio ou controle
O bom, entretanto, é que sua aparição
Depende da aparição de um outro alguém:
A mulher que roubou meu coração
Juntos, inevitavelmente, os dois conseguem extinguir
Qualquer tipo de sanidade que em mim habite
Eles gritam; escandalizam
Mergulham-me em puro horror
Tal é então a minha loucura proclamada!
Há um demônio dentro de mim
Que serve incontestavelmente à sua ama:
A mulher dos olhos de pérolas verdes
Que combinam com os meus: grandes pérolas negras
Há um demônio dentro de mim
E dentre os leigos…
Ele é conhecido como “amor”.

— Alasca Young, 29/11/2016.

Lavínia e a Árvore dos Tempos (Lucinei M. Campos)

Fadas: seres mágicos pequeninos, extremamente fofos, delicados e femininos, certo? ERRADO!

E se você ganhasse por um ano uma fada homem, rabugenta, que odeia humanos e usa uma peixeira no lugar da varinha mágica? Difícil, não? Pois é! Mas foi exatamente o que aconteceu com Lavínia, uma garotinha de 9, quase 10 anos.

Gênero: Fantasia/ Infanto-juvenil
Páginas: 236
Editora: Independente
Classificação: 🌙 🌙 🌙 🌙 🌙 / 5

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SINOPSE

Lavínia é uma menina de 9, quase 10 anos, um pouquinho diferente das outras de sua idade. Sem amigos na escola, sem um contato maior com seus pais, leva uma vida muito solitária para alguém tão pequeno. Seu único amigo, Leo, é quem divide com ela os anseios e questionamentos de sua infância, suas arquitetadas fugas dos Valentões e Marrentinhas que a perseguem na escola. Tudo muda quando recebe de presente uma fada, chamado Lorivaldo e que odeia seres humanos. Juntos, vão descobrir a magia escondida no mundo e os segredos da Árvore dos Tempos.

Bullying. Valentões. Marrentinhas. Exclusão social. Falta de proximidade com os pais. Ausência de amigos. Pesar em ir à escola, ambiente fundamental na vida de qualquer criança e adolescente, que serve como base para determinar muita coisa em seu futuro… É neste contexto que Lavínia, uma garotinha doce, mas bastante solitária, está inserida. A diversão da menina é passar as tardes com seu único amigo e vizinho, Léo.

De repente, a vida da criança começa a mudar drasticamente a partir do momento em que é apresentada a Lorivaldo, a fada do sexo masculino que ganhara de presente! Presente inusitado, mas que vai lhe abrir as portas para o mundo da magia e iniciar sua jornada em busca de respostas sobre os seres ocultos que a cercam e, principalmente, sobre si mesma. Afinal, Lavínia não é uma humana qualquer. Existem mistérios que lhe envolvem e este é o motivo para a fada ter sido designada a acompanhá-la: a necessidade de protegê-la.

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Devido à sua crueldade com humanos durante séculos, Lorivaldo se vê diante de uma grande questão: aceitar a punição e viver ao lado de uma humana durante meses ou ser mandado para prisão perpétua, juntamente ao seu irmão, tão mau quanto ele? A primeira opção parece ser minimamente melhor, pois, quem sabe, se a humana morresse nesse meio tempo ele poderia enfim estar livre…

“Por que dariam uma fada que odeia humanos, e era odiada por quase todos, para uma criança? Lavínia tinha sua grande questão para resolver, que a cada instante tornava-se mais complexa que antes.”

Embora a protagonista seja Lavínia, Lorivaldo, com seu sotaque carregado e jeito rude e excêntrico, com toda certeza, rouba a cena! O carioca Lucinei M. Campos, em sua fantasia de estreia, soube dosar a história com muito humor e lições importantes, evidenciando as questões e personalidade forte das personagens. É interessante observar o desenrolar do convívio entre Lavínia, Lorivaldo e Léo – seu fiel companheiro – e aventurar-se na jornada desse trio.

Não obstante, o autor ainda mescla com acentuada naturalidade e maestria elementos da mitologia (ninfas, fadas, goblins, duendes…) com clássicos do nosso folclore brasileiro (curupira, boitatá…) resgatando nossas raízes e trazendo uma nostalgia incrível!

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O livro está sendo distribuído e trabalhado em algumas escolas e centro educativos, e não é difícil de imaginar o porquê. Além do leitor ser apresentado a uma amizade leal, bonita e verdadeira entre Léo e Lavínia, a garotinha e sua fada também nos fazem perceber o quanto todos nós somos singulares e diferentes e, ainda assim, tão parecidos. E apesar do fato de que, às vezes, achamos que estamos sós, na realidade não estamos e nunca estaremos.

“- Não deseje vingança! Retire isso do seu coração, porque vingança tem enormes consequências, além de ser uma perda de tempo e de poder fazer você ferir muitas pessoas que podem, na verdade, não lhe conhecer direito e por esta razão te excluir! Até porque, ninguém é desprezado por todos. Sempre terá alguém que desejará ficar com você, ou por simplesmente não lhe conhecer, não dirá nada. Você terá que descobrir isso! Perceba as pessoas a sua volta e não somente a dor que algumas lhe trazem! Assim, você vai deixar de querer vingança!” 

Particularmente, sou apaixonada pela capa e edição deste livro, que é seguido por “Lavínia e a Magia Proibida”.

À primeira vista, engana-se quem pensa que a série com a protagonista Lavínia é apenas infantil!

“Os humanos têm o costume de oferecer o primeiro pedaço de bolo a quem lhes desejam o bem, a quem lhes são muito gratos. E este, é o primeiro pedaço de bolo feito por meus pais, e eu ofereço a você.”

 

A cama, a chuva e os nossos desejos

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Teu corpo sob o meu, teus braços me envolviam tão quentes e aconchegantes. De frente para ti, minhas pernas envoltas de tua cintura, meus dedos adentrando por teus cabelos, enquanto tu penetravas-me, segurando-me em teus braços… Tuas unhas arranhando minhas costas nuas. Teus lábios encontrados nos meus, tão intensos e que pediam por mais. Passeava pelo teu corpo desnudo tão livremente. O desejo mútuo de entrega e paixão que ardia. Minha boca em quase cada parte de teu corpo, mordendo teu pescoço e orelha. Por cima de ti eu sentava e tu me apalpavas por inteira. Porque ali estávamos inteiros um para o outro. E novamente cada vez mais rápido e intenso te sentias dentro de mim. Naquele lugar que eu não o reconhecia bem, eu quis estar ali por muito tempo, naquela noite chuvosa, naquela cama, desejei morar em teus braços. 

— Luna Baker, 09/07/17.

#EntrevistandoAutores – Lucinei M. Campos (O Mago Branco)

O entrevistado de hoje é o escritor Lucinei M. Campos! Para conferir a biografia dele, assim como a biografia dos demais autores participantes, basta clicar aqui.

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Lucinei M. Campos, ou O Mago Branco, como é conhecido, é professor e escritor de alma e profissão. Autor de Lavínia e a Árvore dos Tempos, Lavínia e a Magia Proibida e Violeta não Sabe Amar.

Vamos conhecê-lo um pouquinho mais? 😉

Primeiramente, meus parabéns pela obra tão leve e, ao mesmo tempo, envolvente! Em segundo lugar, como você se descobriu escritor?

“Eu sempre amei criar.”, decretou o autor. “Quando mais jovem, cantava em uma banda com letras próprias, e antes disso, desenhava quadrinhos. Eu já era voltado para a criação e domínio que um autor julga ter sobre suas ideias. No entanto, eu comecei a escrever meu primeiro livro sério mesmo com uns catorze anos de idade, e levei 3 anos para acabar. Como ele ficou muito grande, só alguns fizeram a sua leitura. Mas, desde o momento em que tive o contato com a literatura, eu sabia que devia deixar algo como legado.”

Como surgiu a ideia principal para os livros da série com a personagem Lavínia? E de onde você tirou inspiração para criá-la?

“Desde o princípio, a ideia era brincar com o nosso folclore e as diferenças regionais do nosso país. Eu amei o Lorivaldo desde o início das primeiras páginas. Daí, veio o amadurecimento do projeto e algumas alterações necessárias para se adequar ao enredo e ao público, já que era uma história de fantasia com pitadas de humor e aventura. A inspiração, em primeiro lugar, veio de mim mesmo.”, revelou. “Sim, a Lavínia meio que sofre quase as mesmas coisas que eu sofri quando mais novo. Eu desejava ter poderes ou mesmo uma fada para me livrar dos garotos marrentos e perseguidores, e como não aconteceu, eu tive de criar em minha mente mesmo.”

Não pude deixar de notar que, na composição do livro “Lavínia e a Árvore dos Tempos”, a presença de elementos fundamentais da nossa cultura, como o folclore, por exemplo, foi algo bastante utilizado. Para você, por que é tão importante resgatar nossas raízes e passá-las adiante?

“Folclore é o conjunto de manifestações artísticas de um povo, um legado que não se pode perder, mesmo quando agregado a outros costumes e crenças.”, explanou, antes de prosseguir. “Recebemos informações e incorporamos outras culturas sem nem saber direito as que temos aqui. Eu adoro o nosso folclore e seus personagens. Há tantos que as mitologias grega e nórdica ficariam diminutas frente a eles. Com o passar dos anos, deixamos de explorar as lendas e histórias nacionais, permitindo que elas se percam ou se adaptem ao cotidiano, sem deixar rastros do que foi. Por essa razão, creio que seja algo de responsabilidade nacional preservá-las e repassá-las.”

Quais escritores mais te influenciaram em sua jornada como escritor?

“Confesso que bebi da fonte de Douglas Adams, Chuck Palahniuk, entre outros. E mesmo que quisesse, na época em que comecei a consumir literatura nacional, não encontrei muito sobre fantasia que me agradasse. Mas cito alguns autores da atualidade, como Jeferson Corrêa e Eduardo Spohr.”

Embora se trate de uma ficção, fica evidente que alguns personagens do livro são inspirados em pessoas reais, como a sua esposa e o seu filho, proporcionando-lhes uma bonita homenagem! Todos os seus personagens são baseados em pessoas reais e/ou próximas?

“Hum… Em princípio, são todos um fragmento meu.”, disse ele. “Seja um estado emocional ou mesmo um período da minha vida. Mas, claro que adoro colocar algumas características pessoais de amigos e mesmo estranhos neles. Eu criei o Lorivaldo pensando em mim, quando estou rabugento (risos). E o Léo, quando eu era mais novo e curioso…”

E por falar no Lorivaldo…

O que mais me chamou atenção, com toda certeza, foi o personagem Lorivaldo – um homem fada rabugento, que odeia humanos e usa uma peixeira no lugar de uma varinha! – e me rendeu boas gargalhadas! Fale-nos um pouco mais sobre esse personagem, como ele surgiu e o que ele representa para você!

“Ele surgiu pra mim justamente por sua diferença ao que consideramos “normal”.”, contou. “O Brasil é um país continental, do qual temos ricas manifestações culturais. Adorei a ideia de trabalhar justamente isso; Tenho leitores jovens que me perguntam o que é uma peixeira, o que é um cangaceiro, e acabo passando um leve momento de uma cultura que muitas vezes esquecemos. E, como havia dito, ele me representa. Sabe aquela falta de paciência, aquele humor ácido que despertamos em alguns momentos de nossas vidas? (Sabemos muito bem! Hahaha). É o Lorivaldo. Ele tem uma razão própria para pensar e agir assim e, se formos estudar isso, acho que até daremos razão a ele, mais um massacrado pela vida.”

Além de escritor, você também é professor e tem uma clara ligação com todo universo escolar… Na sua concepção, qual o papel da leitura na educação e aprendizado de crianças e adolescentes? Além disso, possui algum projeto futuro em mente? Conta para gente!

“Eu sou professor da rede pública estadual, e vejo a carência que nós temos a cada ano com relação aos investimentos na educação, a falta de incentivo à leitura, por exemplo, que além de possibilitar maior comunicação e interpretação de textos, é também uma fuga para um mundo só nosso.”, disse sabiamente o autor. “Os livros da série Lavínia têm sido trabalhados em algumas escolas, inclusive como paradidáticos, e tenho notado esse crescimento em alguns alunos, a partir do contato com eles. Além da reflexão com base na temática que os cerca e na história que eles contam, os livros abrem portas para plantar e fortalecer a sementinha pelo gosto da leitura. Alguns alunos não param mais depois de lerem os livros.”

“Quanto aos projetos, eu tenho alguns, sim. Quero continuar fazendo a visitação nas escolas e levar meus livros para diversas feiras pelo país. Tenho outros livros para serem publicados, dentre eles mais um título da série Lavínia. Estou preparando o livro também para uma adaptação de animação, mas é algo mais pra frente.”

Genial a ideia da adaptação para uma futura animação, já adoramos! rs

Ao autor, desejamos todo sucesso e criatividade do mundo! Obrigada por dedicar um tempinho ao Devaneios da Lua!  ❤

Em breve traremos a resenha de “Lavínia e a Árvore dos Tempos”, primeiro livro da série com a personagem Lavínia, é só ficar ligado!  😉

Olá insônia, minha velha amiga

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Olá insônia, minha velha amiga

Nos encontramos mais uma vez

Sinto lhe dizer…

Mas não, não estou feliz com nosso reencontro

Você está sempre batendo à minha porta…

Mesmo quando eu já lhe disse adeus inúmeras vezes

Ainda que perpétua companheira,

Jamais odiei tanto alguém

Como odeio você.

Nunca desejei tanto me livrar de algo…

Como quero desesperadamente livrar-me de tuas garras infernais!

Olá insônia, minha velha amiga

És tão descarada e presunçosa,

Que só apareces quando eu mais preciso de sua inexistência

Quando eu mais quero focar em qualquer outra coisa…

Que não seja você.

Olá insônia, minha velha amiga

Bilhões de miseráveis humanos afora

E você tinha que escolher logo a minha mente perturbada para fazer morada?

— Alasca Young, 12/07/2017.

Voe comigo se fores capaz de tirar os pés do chão

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Eu sou uma eterna viajante e minha casa é o mundo. Sou criança cheia de perguntas, e adulto com medo das respostas. Sou companhia que preenche, e ausência que esvazia. Sou arco-íris de início de manhã, e escuridão de pôr-do-sol. Sou dúvida e certeza, razão e emoção. Crise de risos e desmanche em lágrimas. Calmaria e tempestade. Gritaria e silêncio. Ferida e cicatriz, bala e baleado. Veneno e antídoto. Singular e plural. Destino e acaso. Céu e inferno, sensibilidade e frieza. Bravura e medo. Sonhos e realidade. Rosa e espinho. Mente e coração. Dissimulação e verdade crua. Problema e solução. Perspicácia e ingenuidade. Amor e sexo. Vida e morte. Tudo junto. Misturado. Ao mesmo tempo. Sou sobretudo pássaro em processo de revolução, livrando-se da gaiola. Então, meu bem, voe comigo se fores capaz de tirar os pés do chão.

— Alasca Young, 07/07/2017.

Tempo meu

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Às vezes eu apenas quero estar sozinha. Quero passar o dia inteiro na cama enrolada no meu cobertor, enquanto olho pela janela do quarto. 
Às vezes quero sentar no sofá às sete da manhã toda enroladinha, tomando uma xícara de café preparada por mim mesma. O frio nas manhãs tão cinzas me conforta, sinto-me parte do céu que mesmo nublado, sempre achei lindo e desde a infância admirava-o. Nesses dias gosto de tomar banhos demorados. No chuveiro enquanto a água molha meu corpo inteiro, e eu pense sobre a vida. Penso sobre as coisas que fiz, as que queria ter feito e talvez as que ainda vou fazer. 
E sim, eu gosto disso… Gosto da minha confusão pessoal. Gosto do furacão que mesmo avassalador, sabe ser calmaria. Gosto mesmo quando o tempo passa que eu nem perceba de tanto que gosto de estar em minha própria companhia. 
Só quero me perder em meus devaneios, escrever textos como esse sobre a minha própria essência. 
Não pense que me afasto porque não te amo. Ou que por algum motivo eu esteja triste. Não… Não é tristeza, não é falta de amor. É que preciso de um tempo somente meu para me conectar com meu Eu.

— Luna Baker, 02/07/2017.

Indicação e indicados ao prêmio “Mystery Blogger Award”

Vamos à mais um prêmio?!  😉

O Mystery Blogger Award consiste no reconhecimento e valorização de blogueiros “que cativam, inspiram e motivam através de suas postagens criativas. São reconhecidos pela intensa dedicação em criar com versatilidade e amor o que escrevem” e quem me indicou foi a Joy, do Por que não, Joy?“!

As regrinhas da premiação são:

1 – Colocar a logo/imagem do prêmio no seu blog;
2 – Listar as regras;
3 – Agradecer quem nomeou e fornecer um link para o seu blog;
4 – Mencionar o criador do prêmio;
5 – Conte a seus leitores três coisas sobre você;
6 – Nomeie até dez pessoas;
7 – Notificar os seus indicados comentando no seu blog;
8 – Peça a seus candidatos que respondam cinco questões de sua escolha, perguntas estranhas ou engraçadas;
9 – Compartilhe um link para sua melhor postagem.

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Agradecimentos

Iniciativas como esta são lindas e trazem sempre um agrado bom, não é? rs
Meu mais sincero agradecimento à Joyce, que lembra sempre do bloguinho aqui! Muito sucesso e boas energias, meu bem  ❤

3 coisas sobre mim

1 – Além de intensa ao extremo, também sou bastante ansiosa e na maioria das vezes sofro por antecipação!

2 – Desde que li “Quem é você, Alasca?” pela primeira vez, em 2015, nutro um desejo muito grande de conhecer o Alaska! E em 2016, quando reli o livro, adotei desde então o “Alasca Young” como meu pseudônimo para textos e poesias autorais (revelações).

3 – Quando eu era criança morria de medo da Cobra Voadora (isso mesmo, uma cobra que voa! Hahaha). Durante a infância eu mal sentia fome, sempre comi muito pouco! Então minha família precisou inventar esse mito da Cobra Voadora para me pôr medo, assim, se eu não concluísse a refeição, ela viria pela janela da sala, pegaria-me e me levaria embora!

Ai, ai… Agora deu até vergonha de admitir que eu tinha medo disso!

Blogs Indicados (até 10 pessoas)

1 – Fica? Vai ter prosa;
2 – Alice na Lua;
3 – A BOOKAHOLIC GIRL;
4 – Atraídos Pela Leitura;
5 – CATARINA VOLTOU A ESCREVER;
6 – Caderno da Lua;
7 – Lendo Muito!!!;
8 – 1 PEDRA NO CAMINHO;
9 – Reclusidades Diárias;
10 – Blog do Palhão;

Cinco perguntas que a Joy me fez

1 – Um dia perfeito?

Seria um dia simples, mas com bastante comida, diversão, amigos e/ou família! Uma viagem, maratona de séries na Netflix, festa do pijama, cinema, dia na praia… ♥

2 – Para onde gostariam de viajar?

Tenho vontade de conhecer tantos lugares! Mas, antes de conhecer o exterior, seria incrível fazer um tour aqui pelo Nordeste e depois pelo Brasil!

3 – Gato ou cachorro?

Gato! Fascina-me a liberdade e a loucura que eles têm, além, claro, da fofura!

4 – Que tatuagem faria e por quê?

A segunda tatuagem que pretendo fazer é o símbolo do Feminismo (espelho de vênus). Planejo fazer junto com as minhas amigas, pela luta, pela militância, pela importância e principalmente pela mudança que o Feminismo ocasionou em nós.

5 – O que mudariam no mundo?

Pode ser tudo?! kk

Brincadeira!

Além de mais amor (que já engloba bastante coisa como respeito, compreensão, cuidado, carinho etc.), acredito que muitos problemas, de grande ou pequeno porte, poderiam ser evitados ou resolvidos se usássemos mais uma coisinha tão simples mas ao mesmo tempo grandiosa chamada empatia; não é tão difícil se colocar no lugar do outro.

Outra questão importantíssima é a atenção (na verdade, a falta dela) que temos em relação ao meio ambiente, à natureza e aos animais, trazendo desastres que, por vezes, podem ser irreparáveis.

Cinco perguntas que meus indicados devem responder

1 – Qual o livro que mais te marcou e por quê?
2 – Como surgiu o nome do seu Blog?
3 – Maior mico ou loucura que já cometeu?
4 –  Se pudesse voltar atrás e refazer as coisas, mudaria algo em sua vida? Se sim, o quê?
5 – Qual seu maior defeito e maior qualidade?

Melhor postagem

Todas elas são especiais e importantes de alguma forma!

Eu realmente não sou capaz de optar pelas minhas postagens. É claro que, por algumas, eu nutro um carinho maior, porém, ainda assim, sinto que não seria justo escolher apenas uma.

Beijos e até o próximo post!  ❤

 

 

 

Daqui a dez anos…

Uma vez estive pensando quem eu seria ou como seria daqui a dez anos… Embora não goste de idealizações. Não digo com veemência, nem com perpétua dúvida. Porém, preciso primeiro saber quem eu sou, ainda que uma pergunta tão filosófica como essa – que sinceramente não caberiam definições exatas – pois digo, sem desdém ou arrogância, sou tudo e ao mesmo nada, porque no futuro ainda sim serei tudo e ao mesmo tempo nada. Mesmo que meus cabelos fiquem grisalhos, minha pele fique enrugada, porque o envelhecimento é algo que não se pode escapar. Meus sonhos e objetivos sejam outros, as pessoas e coisas que amo sejam outras, continuarei a ser tudo e ao mesmo tempo nada.

Decerto tudo muda, hoje sou uma, amanhã serei outra. Algumas mudanças tão extraordinárias que chegam a ser quase completamente, outras miúdas, mas que podem fazer grande diferença. E de todas essas mudanças fica a nossa essência, que esta sim não muda, não digo que para sempre, porque tudo tem seu fim. A vida é um ciclo, assim como todas as coisas que nela há, existe começo, meio e fim.

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Acredito ainda estar no começo, e quando estiver no meio, espero me arrepender de determinadas coisas, pois onde não há arrependimento, não existe lugar para o perdão, nem para o aprendizado. Espero também ser grata para lembrar algumas vezes saudosa das coisas que vivi. E depois quero ter sido o melhor que pude ser, em erros ou acertos. Por fim, concluo que daqui a uma semana ou dez anos, eu desejo apenas ser para recordar de ter sido.

— Luna Baker, 27/06/2017.

Como vou te dizer?

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Como vou te dizer que há momentos em que a gente precisa crescer?
Tantas coisas para esquecer e outras para aprender.
Como é que eu vou te dizer que já estás velho demais para brincar de faz de conta? E que o mundo cruel espanta.
Como é que eu vou te dizer que um dia a gente cansa de cantar a canção da esperança? Como é que eu vou te dizer que esperar demais machuca?
Como é que eu vou te explicar que você sai de casa, e às vezes não sabe como voltar?
Como é que vou te dizer que o mundo se destrói lá fora, e que o caos interior por vezes é tudo que sobra.
Como é que vou te dizer que o peito dói demais quando se espera demais? E que com o tempo a gente aprende a não olhar para trás.
Como vou explicar as façanhas da vida, se ainda sou criança para entender?
Como vou te dizer que mesmo quando a gente cresce, há tantas coisas que não sabemos compreender.
Como vou te explicar que às vezes matamos para não morrer?
Como vou te dizer que às vezes morremos em silêncio? E que é morrendo que aprendemos a viver.
Como vou te dizer que as coisas que não dizemos nos engole por dentro? E mesmo gritando não existe ninguém para nos socorrer.
Como vou te explicar sobre o amor, se ainda não aprendi como amar?
Como é que eu vou te dizer que às vezes o peso que carregamos é intenso demais, e por  vezes sem merecer?
Como vou te explicar que o ideal de justiça anda falho e que se você não segue a linha padrão é considerado um fracasso?
Como vou te dizer que o café esfria e por vezes amarga assim como a vida?
Como vou te explicar que somos jovens demais para decidir tudo o que queremos e tudo o que somos?
Como vou te explicar que o tempo passa… E que as coisas que amávamos antes não amamos mais?
Como vou te dizer que o mundo anda doente de ódio e que não há cura; senão o amor.
Como vou te dizer que mesmo depois de adultos os fantasmas ainda insistem em morar conosco, não mais de baixo de nossas camas, mas sim dentro de nossas mentes.
Como vou te explicar que a escuridão ainda assusta, e que o dinheiro não é mais apenas para doces e guloseimas.
Como é que eu vou te dizer que não existe mais mesada dos pais?
Como é que eu vou te dizer que estamos sós, e que muitas vezes nos perdemos e não encontramos caminhos para seguir?
Como é que eu vou te explicar para não correr demais, para viver o que se faz presente, sem estar preso no passado descontente?
Como é que eu vou te dizer para não se apressar para o futuro, se o futuro é o presente quem faz?
Como vou te explicar que tudo acaba sem obliterar as fantasias do teu coração?
Como é que eu vou dizer que mesmo ansiado o sim, muitas vezes ouvimos o não?
Como vou te dizer que nós choramos a noite e durante o dia somos obrigados a sorrir? Como vou explicar que nos ensinam que chorar é uma fraqueza? E o quanto é inaceitável que sejamos fracos?
Como vou te dizer o quanto há de gente lá fora passando fome? E que o mundo inteiro se esconde? Isentando-se da culpa.
Como vou te explicar que o dinheiro é tudo o que conta? E assim o que não soma, some.
Meu bem, como vou te dizer que vai chegar o momento em que nada vou dizer?

— Luna Baker, 22/06/2017.